Caminhando na Graça

11.12.06

O bem estabelecido como valor no ser


Hoje no jornal vi o caso de Adriano... um analista de sistemas que vendo uma mãe com uma criança caindo num rio, pede uma moto emprestada a uns motoqueiros e eles não emprestam, mas descem pora ver o que estava contecendo, então ele pega uma moto (que foi deixada na calçada com a chave) e vai na contramão afim de salvar a mãe e a criança que estavam no rio. Chegando perto do rio, ele pula no rio e salva os dois, sendo considerado herói.

Isso por si só já seria o bastante para dizer que esse cara é um exemplo... mas segundo os jornalistas, Adriano é um cara super tímido e que quando chamado de herói, ele diz que não o é, e que fez o que qualquer um teria feito.

No mesmo jornal, vi sobre o depoimento da mãe dele, dizendo que ter um filho como ele, é melhor que ganhar na loteria, o que mostra de onde vem os valores que o cara tem. Ela disse que o filho sempre foi solidário e ajudava idosos a carregarem bolsas pesadas.

A empresa que o cara trabalha, resolveu lhe dar um aumento, que segundo eles já estava previsto para 3 meses, mas depois desse ato heróico, mereceu ser adiantado.


Onde quero Chegar?


Imagina o quanto de bem esse cara já fez na vida? Imagina ele carregando as sacolas pors velhinhos e os colegas zuando, chamando ele de otário, puxa-saco e etc... imagino o quanto ele, mesmo fazendo o bem, não colheu, imediatamente, bem sobre ele...

Paulo diz pra não nos cansarmos de fazer o bem, o que por si só, já mostra que fazer o bem, cansa... seja porque para fazer o bem, vc tem que remar contra a maré dos valores instituídos na sociedade, seja porque fazer o bem implica em se doar a outros sem esperar nada em troca, e também porque o bem que faço, nem sempre volta como bem pra mim... o mal rapidamente se espalha, mas o bem... Então se fazemos o bem esperando recompensa, com certeza nos cansaremos no percurso.

Paulo continua dizendo que fazendo o bem incansávelmente, colheríamos os frutos, no tempo devido, se não houvéssemos desfalecidos, o que mostra que eu posso fazer o bem, sempre, e mesmo assim, desfalecer sem ser alvo de bem... cansar sem ser alcançado pelo colheita da plantação de bem que eu fiz. Mas apesar disso, ele diz que colheríamos os frutos.

Mas se existe a possibilidade de eu fazer o bem a todo mundo e nunca ser alvo de bem, ou de reconhecimento dos homens porque fazê-lo?

Porque quando faço o bem, não devo ter o desejo de ser reconhecido por isso... não devo fazê-lo como uma forma de barganha com Deus... e não evo fazê-lo esperando que a pessoa alvo do bem, me veja como um santo-herói a ser sempre reconhecido... isso na maioria das vezes não acontece.

E é cansativo ver quem ontem foi alvo da tua mão estendida, não lhe estender hoje a mão... quem ontem repartiu com vc o pouco que vc tinha, não se preocupar em lhe dar sequer as migalhas... alguem que quando necessitado jurava amizade eterna, e quando numa melhor condição, te julga descartável e inútil e diz: eu não preciso mais de vc!

O que estou querendo com isso?.... Que vc não faça mais bem a ninguém?... NÃO!!!!

Quero tirar de vc, o foco de fazer o bem esperando algo, por menor que seja.

Fazer o bem, deve ser ato não de quem faz o bem esperando ser alvo do mesmo... mas sim de quem, numa situação adversa, prefere receber bem (o que não quer dizer que isso ocorrerá) no que depender de si. Eu sei que o bem que eu faço, pode não voltar a mim... mas no que depender de mim, eu farei o possível para que quando precise, seja alvo de bem. É pra essa postura ativa em relação a fazer o bem que Cristo nos chama.

Quero ter os valores do reino gerados em mim. O resto é consequência disso... frutos do Espírito (e toda árvore plantada num lugar saldável, invariavelmente dá frutos).



N'Ele.